projetos juntos e misturados
01
Iporanga - Restauro da Igreja Matriz - parceria Walter Fragoni
[ A Igreja Matriz de Iporanga, foi por vários motivos, a obra de restauro mais gratificante que participei.
Talvez por seu isolamento e desafios. O contato direto com a população e as dificuldades técnicos ambientais do lugar nos obrigou a aplicar na Matriz soluções não convencionais na recuperação de suas características arquitetônicas e construtivas. Na época, um grande período de chuvas derrubou a torre da igreja, destruiu o principal símbolo cultural da cidade atingindo algumas casas vizinhas. Foi um acontecimento traumático para a vila e seus habitantes, todos os eventos culturais e religiosos aconteciam em torno da igreja. Montamos um grupo de trabalho com os moradores para a reconstrução e restauro da igreja.]
Iporanga era uma pequena vila perdida no tempo e isolada da sociedade moderna por uma estrada precária uma geografia acidentada cercada por uma floresta deslumbrante, repleta de vida e de cavernas. A cultura construtiva era a do “pau a pique”, quase todas as casas foram erguidas com essa técnica. A Matriz e algumas poucas casas foram construídas em “taipa”.
Com sua arquitetura singela, ornamentada de forma simples, mas caprichosa, a Matriz se destacava na paisagem. Parte da torre havia caído sobre o “coro” rompendo a viga de madeira lavrada que o sustentava; o telhado veio abaixo e o altar ficou comprometido, foi um estrago e tanto em um patrimônio tão significativo para aquele povoado.
Havia o desejo popular de recuperar a Matriz com todas suas características originais. Nos escombros estavam alguns tijolos cunhados no império que formavam o coroamento das torres sineiras. As paredes espessas de taipa pediam que fossem refeitas. Recompor a taipa era nosso desejo, porém as dificuldades de liga das partes ofendidas pelo desabamento, com as obras de recuperação, mais as dificuldades de mão de obra, nos levou a escolher como técnica principal a construção em tijolos, técnica rara em Iporanga onde o pau a pique era a pratica corrente e foi sendo gradativamente substituído pelo bloco de concreto; A escolha de tijolos na recomposição, além de se comportar como um material maleável que funciona bem na aglutinação as paredes de taipa, propicia plasticidade e solidez na estrutura da edificação da torre de 17 metros de altura. As vigas de madeira, tanto do coro como da cobertura vieram da floresta próxima, cortadas com autorização do Estado e lavradas por carpinteiros locais que ainda dominavam as técnicas da enxó e do machado.
Dedicamos muito tempo na pesquisa e na elaboração dos detalhes para uma fiel reconstituição da imagem arquitetônica da matriz, deixando lá, de forma a mais discreta e esclarecedora possível, o testemunho das intervenções.
02
Parque Ingá - PR - parceria com Maria Isabel Villac e Otávio Shimba
03
Biblioteca Cassiano Ricardo - parceria com Antonio Luiz Dias de Andrade
[ Quando estudante tive a oportunidade e o privilegio, de participar como aprendiz nos trabalhos de inventario da Arquitetura do Vale do Paraíba patrocinado pelo IPHAN. Aos 12 anos, “Já conhecia alguma coisa da velha arquitetura colonial’’, quando da minha estadia na recém inaugurada Brasília, fui levado por meus pais a Ouro Preto, Mariana e a Sabará com a ilustre companhia de Aluísio de Magalhaes que também nos levou a conhecer os trabalhos de Edson Motta no restauro da Matriz Nossa Senhora da Conceição de Sabará. Neste período fui com meus avos a Goiás Velho, também as antigas vilas de Planaltina e a Luziânia onde me lembro do casario e suas janelas recobertas de mica. O contato com aquele estupendo acervo, ao longo do tempo encheu os olhos e me ensinou a ver o peso do passado e sua importância. Obrigou-me a considerá-lo como fator preponderante na formulação e no papel das proposições e traços de uma arquitetura que se pretenda genuína.
Durante esse período aconteceu à feliz aproximação com o saudoso amigo Antônio Luís Dias de Andrade – JANJÃO, nos tornaríamos bons amigos e parceiros de trabalho tanto pelo gosto do desenho, quanto nos projetos de arquitetura e nas obras de restauro. A Biblioteca Cassiano Ricardo e o projeto de documentação do acervo arquitetônico e urbanístico de Jacareí infelizmente foram as últimas oportunidades de convivência e de trabalho. ]
1997 - Recuperação e revitalização da Biblioteca Cassiano Ricardo, S. José dos Campos – Prêmio categoria Patrimônio Histórico - III Bienal Internacional de Arquitetura, SP, Brasil.
04
June Paik Museum- parceria Mário Biselli
The Nam June Paik Museum Competition
Suwon, Province of Kyonggi, Korea, March 2003
A ponte como um museu. Um museu como uma ponte
A observação da topografia do terreno nos conduz a um desejo quase irresistível de sobrepor o vale através de uma ponte, unindo as duas pequenas colinas que se apresentam como a característica mais marcante do lugar.
Semi-finalista
Equipe de Projeto: Mario Biselli, Guilherme Motta e Nave Arquitetos Associados (Roberto Novelli Fialho, Valéria Cássia dos Santos Fialho, Silvio Sguizzardi e Márcio Coelho)
Colaboradores: Artur Katchborian, Daniel Corsi, Natália Celedon, Leandro Alegria Pereira, Carol Pudenzi, Joao Paulo Daolio, Luciano Cersósimo, Leon Benkler, Visualize Arquitetura Digital
Implantação
Procurando conciliar os aspectos subsequentes relativos ao programa arquitetônico/museológico e sua inserção no terreno, percursos internos e de conexão entre edifícios do Neighborhood Park, bem como diversos outros aspectos técnicos e funcionais, nos damos conta de que a ponte, enquanto partido arquitetônico, apresenta uma quantidade enorme de vantagens em relação a outras possibilidades. A ponte é também uma solução de impacto ambiental controlado, dado que se sustenta com apenas quatro pontos de apoio e permite uma desejável transparência para o edifício, em face do entorno e do verde.
A ponte se revela também como uma inesgotável fonte de poesia, abre-se para uma infinidade de interpretações metáfóricas e analógicas e, tem sido, ao longo da história, um dos prediletos temas para a engenharia civil e para a arquitetura.
O projeto
De maneira geral, o projeto define o museu propriamente dito como uma caixa suspensa com dois níveis internos (a partir da cota 14,00), onde estão os ambientes de exposição, de uso público e institucional. Para os setores infraestruturais do museu, o projeto prevê dois níveis de subsolo (0.00) contendo as áreas de storage e estacionamento coberto. A separar estes dois setores distintos está o nível térreo (+8,00), que se configura como uma praça aberta sob a caixa do museu, esta sendo o principal nível de acesso externo. Temos portando a definição de níveis como dois subsolos (cota 0,00 e 3,00), térreo (cota 8,00) e dois pavimentos (cota 14,00 e 18,50).
05
Aeroporto de Florianópolis - parceria com Mário Biselli
“As instituições são habitações da inspiração. Escolas, bibliotecas, laboratórios, ginásios. O arquiteto, antes de aceitar o conteúdo do espaço procurado, considera a inspiração. Interroga-se acerca da natureza desta, do que distingue uma inspiração da outra. Quando já percebeu a diferença, então está em contacto com a forma correspondente. A forma inspira o projeto. Uma obra de arte é a criação de uma vida. O arquiteto escolhe e compõe para traduzir as instituições do homem em ambientes e relações espaciais. É arte quando se responde ao desejo e à beleza da instituição." Louis Kahn
O projeto desenvolve a ocupação do sítio por terminais lineares ao longo do limite interno do novo pátio de aeronaves. O solo aeroportuário é um recurso escasso. No caso de Florianópolis, por tratar-se de uma ilha, essa economia é impositiva, de forma a perenizar o atual sítio aeroportuário, convenientemente próximo do centro de negócios e das atrações turísticas. O Terminal projetado é compacto, visando à economia de custos e operacionalidade eficiente, razoavelmente verticalizado conforme prevê o Edital do Concurso. Evitou-se grandes afastamentos do pátio de manobras, de forma a reservar para o futuro imponderável o máximo de terreno remanescente da plataforma disponível.
CONCURSO INFRAERO + IAB
CONCURSO PÚBLICO DE ARQUITETURA
AEROPORTO INTERNACIONAL DE FLORIANÓPOLIS
EQUIPE MARIO BISELLI /PROJETO
Mario Biselli
Guilherme Motta
Orlando Pudenzi
Cristiana Rodrigues
Daniel Corsi da Silva
Artur Katchborian
COLABORADORES
Sérgio Matera
Laura Paes Barretto Pardo
Ana Carolina Pudenzi
Taís Cristina da Silva
André Biselli Sauaia
Victor Paixão
fase 1 e 2
06
Teatro de Natal - parceria com Mário Biselli
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07
Centro Judiciário de Curitiba
Concurso Nacional Centro Judiciário de Curitiba
2º lugar
Victor Paixão, Gustavo Jacob, Felipe Annunziatto, Rafael Assiz e Guilherme Lemke Motta
Na cidade atual, o reconhecimento do lugar da Justiça torna-se uma questão fundamental no que diz respeito à cidadania. Desde os tempos da Roma antiga, ocupava no contexto urbano – o lugar de destaque. Argan em “História da Arte como História da Cidade” nos coloca que as obras de significado pertencentes à cidade, “... não apenas lembravam e celebravam o resgestae do passado, mas magnificavam os atos da vida cotidiana da comunidade urbana, assim como o cenário engrandece e magnifica os gestos do ator.
08
Concurso Sede do IPHAN Brasília
Menção Honrosa Guilherme Lemke Motta e Victor Paixão
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09
Concurso Sede da Petrobrás - parceria com Christian Ribeiro
10
Fundação Oscar Americano - parceria com Carlos Bratke e Cássia Mariano
11
Projeto conjunto residencial Ilha Bela - parceria Rodrigo Loeb
12
Projeto UNIFESP - parceria Luciano Margotto